O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.
Fernando Pessoa
O texto e a imagem são meramente ilustrativos. Todos os Direitos são reservados aos seus autores.
segunda-feira, 23 de outubro de 2017
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Eba! Estou super feliz pelo seu comentário e logo vou te responder. Você foi sensacional, então espero a sua visita todos os dias. Beijos :)